Interessantemente liberdade é um anelo do coração do
homem. Ele tentou desvencilhar-se da submissão a Deus no Éden comendo do fruto
proibido, pois, este era bom para dar entendimento, agradável aos olhos e tinha
uma aparência saborosa, e ainda a promessa do tentador era que ele se tornaria
um semi-deus e que a lei divina não se cumpriria. Não deu certo, o pecado o
afastou do que, ele, melhor lhe poderia acontecer, foi privado da presença
divina e ainda teve que conviver com a consciência do pecado e sofrer a
consequência dele, a morte. Morreu!
O tempo passa. O homem
continua inconsequente e apartado da vontade de Deus. Olha o Senhor e o vê
totalmente fora dos padrões de justiça, amor e solidariedade, além de
moralmente em petição de miséria, como dizia o grande filósofo contemporâneo e
empírico (dicionário informal), meu avô Teotônio Martins, politicamente correto
hoje significa “em estado deplorável”.
Mas, mesmo assim, inconscientemente buscando a sua liberdade. Viver como acha
que é a vida, sem Deus. Deus destrói a humanidade, preservando o mundo e o ser
humano, através do único justo, e sua família, encontrado naqueles dias. Noé,
ao descer da arca, já peca e consequentemente, leva seus filhos a pecar também.
A humanidade preservada continua buscando liberdade sem Deus e encontrando
unicamente a decepção causada pelo pecado.
Passam-se os dias e o ser
humano volta a crescer, encher a terra e em sua proliferação olha ao redor e se
acha livre para fazer o que bem desejar seu coração. Constrói uma torre, alta, muita
alta, com a intenção de tocar os céus. Presunção, ilusão, utopias que o levam a
mais uma vez desrespeitar a vontade misericordiosa do Senhor Deus. Deus apenas
os confunde, de modo a não mais se entenderem e assim eles, que desejavam
formar uma única sociedade soberana e divinal, não se entendem. E não se
entendendo separam-se uns dos outros e formam a diversidade social e geográfica
para que o mundo cumprisse justamente a vontade do Criador e Senhor.
Abraão, Israel, Isaque e
muitas gerações se passam dentro do plano criativo de Deus. O homem estava
apartado de Deus, mas a linhagem piedosa e frutuosa estava entre os homens.
Homens de Deus no meio dos homens sem Deus, e assim caminhava a humanidade
criada. Jacó compra a primogenitura de Esaú e recebe a bênção paterna. Judá se
engana e engana buscando liberdade para faze segundo o seu parecer a vontade de
Deus. Sofre as consequências e peca ante o Senhor com atitudes que ofenderam ao
Senhor, à sua nora Tamar e a seu filho Selá. Embora tenha suscitado descendência,
ele não viveu segundo a vontade de Deus. Falhou na forma, por desejar viver de
acordo com seus padrões e não os de Deus.
Hoje, vivemos em um mundo
onde a busca pela liberdade chega aos parâmetros que toda historia nos convoca
a visualizar. Busca-se a liberdade através de desejos e políticas, na maioria
das vezes utópicas. Pensa-se na liberdade através de atos puramente
subversivos, que acabam sendo ações que retratam um tiro no próprio pé.
Busca-se fazer com que a liberdade transpareça através de chavões muitas vezes
enganosos e consequentemente enganadores, provocando ilusões nos mais crédulos.
O homem tenta por todas as suas forças, e jeitos ser livre.
Esta liberdade pode ser um
do outro. Outras vezes uns do outro. Ou mesmo um dos outros. Mas ela sempre
será utópica, desde que procurada sem a noção do que seja realmente liberdade.
Uns dizem que democracia é liberdade, através da concorrência do meio e no meio
de forma a produzir mais e melhor. Outros dizem que socialismo é liberdade,
através da equiparação social, não dando regalias a uns e não permitindo solaparem-se
os valores em alguns. Ainda alguns falam que comunismo é que conduz a liberdade
através da igualdade social conduzida por mãos fortes.
Eu creio que a verdadeira liberdade está em compreendermos exatamente quem somos, ela é individual é pessoal e é silenciosa. Creio que se cada um do nós viver realmente de forma natural, consciente e olhando o seu próximo com respeito, tratando a todos com justiça. Aquele que vive sem pre-conceitos discriminatórios e aprisionantes. Aquele que vive seguindo e segundo o curso da vida, sem correr além do necessário. E principalmente aquele que sabe perdoar, pois a vida sem perdão é totalmente cativa de amarguras, rancores e ódios consequentes de sentimentos negativos. Enfim, quando nos liberamos dos pesos que sobrepesam sobre nossa mente e coração. Quando nos voltamos para Deus que nos criou, nos cuidou e por amor, quando chegou o tempo dEle, nos libertou através do sacrifício de Jesus Cristo, enviando-O para nos substituir na morte consequente do pecado.
Enfim, liberdade de verdade é cada um se deixar viver sob a proteção graciosa de Deus e descansar em sua justiça, misericórdia e inefável amor. Liberdade real é não se privar de viver por causa de sentimentos aprisionantes, mas viver conforme deseja seu coração plena da vontade divina e de amor ao próximo. Vamos pois, viver como se deve, e cada um vivendo assim, teremos liberdade em todas as demais esferas de nossa existência. Pensa nisto!
(Rev. Maurício
Ferreira)
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