Eu Acho muito interessante algumas coisas. Antes das
eleições nós dizemos que respeitamos a opinião dos outros, mas queremos fazer
prevalecer a nossa vontade. Democracia é o direito, lembremo-nos, direito de exercermos
nossa liberdade na escolha, no voto, e até mesmo na crítica. É o governo do
povo que age pelo e para o povo. O que, geralmente menos observamos, é a
finalidade desta força política, os
defensores da esquerda e centro esquerda podem ser democratas, o de direita e
centro direita também. A democracia não interfere nas linhas de pensamento de
partidos e ideologias políticas, pois ela é fator primordial do exercício da
governança e não necessariamente uma linha política propriamente dita.
Assim, volto a pensar com você acerca do princípio
evocativo de minha ideia. Antes da eleição tentamos convencer, mesmo que
digamos respeitar a vontade do outro, tentamos mudá-la porque “o outro” está
errado, comete uma heresia política ao não concordar comigo. Critico o
candidato em quem não vou votar ao invés de enaltecer as qualidades de meu
candidato. Infelizmente a política no Brasil é feita como tudo o mais,
desconstruir é mais fácil que construir. O que nos leva ao erro de nos
igualarmos por baixo. A vida pessoal, moral e física daqueles que não são
nossas escolhas entram em pauta na hora de desconstruir suas candidaturas. Até aí,
tudo somente mostra que não fazemos boa política por falta de ética e por nada
termos a apresentar de boas qualificações naqueles que escolhemos.
Não sabemos votar, por não sabermos escolher. Não é
necessariamente escolher bem, pois todo ser humano tem qualidades e defeitos. Mas
escolher de acordo com o que penso sobre o país, o que desejo para o país ou
mesmo a continuidade, se estou satisfeito com o que acontece no país. Somos torcedores
de partidos, como se fossem times de futebol. Não importa a capacidade, a moral
política, as qualidades ou defeitos políticos dos candidatos lançados, importa
que o “meu” partido vença. O homem nada tem a ver com a política no Brasil, por
isso se lança qualquer pessoa, independente do preparo, da força de mobilização
para a boa governança ou até mesmo da educação política para conduzir uma
nação.
Se observarmos, tínhamos onze candidatos, cada um
defendia uma diretriz para o Brasil. Cada um tinha, talvez por força partidária,
uma ideologia. Interessantemente os candidatos que menos aparecem são mais
fiéis às ideologias partidárias que os que sobressaem no cenário eletivo. Mas nós
somente olhamos para as pesquisas e assim votamos em um daqueles que se
sobressaem, que estão "vencendo", polarizamos os votos para a vitória e nos
esquecemos de nossas convicções nacionais ou desejos do coração.
Depois do primeiro turno, nos motivamos novamente a
continuar nossa disputa partidária. Continuamos voltados para o pragmatismo
da “vitória”. Não sabemos nem mesmo qual ideologia defende o “nosso” candidato.
Se ele pensa como eu, para que fim estará ele e partido levando o país em que
vivo. Não sabemos se ele é de esquerda, centro-esquerda, centro, centro-direita
ou direita, se é radical ou consegue costurar boas dinâmicas sociais para o
país. Não sabemos qual é a linha econômica que ele e partido defendem, mas
depois reclamamos se é mais conservador ou mais liberal. Talvez, esteja
postando isso tarde, mas penso que não, ainda temos um segundo turno pela
frente, dia vinte e seis de outubro você estará novamente ante uma urna para
votar: presidente do país e alguns estados também o governador. Por isso, penso
eu, ainda em tempo de se pensar bem e votar melhor, lembre-se, de acordo com a “sua”
consciência, não por partido, ou por indicação cabrestal de alguém que tenha
influência sobre você. Independa-se nestas eleições, e vamos fazer o que é
correto.
Nós podemos votar e ficar em paz conosco e com o
próximo, mas também podemos votar e ficar preocupados com a nossa consciência. Não
podemos prever ou ditar o próximo(a) governante de nosso país ou estado. Mas podemos
prever como estará a "minha", "nossa" consciência, se votar de acordo com a minha
ideologia de vida, pessoal, social e pública. Assim, chamo sua atenção para
pensar. Se começarmos a pensar agora, se começarmos a votar bem agora,
estaremos preparando um país em que nossos filhos, netos e bisnetos, se for o
caso, viverão. Num país de justiça, moralmente confiável e que utilize os três
poderes de forma independente, e cada um cumprindo o seu papel. certamente, o
todo estará vivendo a democracia que tanto almejamos ver no Brasil. Daí? Vamos fazer
direito, se não até aqui a partir daqui? No primeiro dia pós primeiro turno,
pensemos já no segundo para fazer o correto. Quem irá vencer será, certamente,
o povo brasileiro! FAÇA DIFERENÇA.
(Rev.
Maurício Ferreira)
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