junho 06, 2014

TRAUMAS

Existem momentos em nossas vidas que nos traumatizam. Momentos que fazem mal e outros que fazem bem, mas sempre nos levam a traumas que nos entristecem ou encantam, que nos desmotivam ou animam. Mas, ao mesmo tempo não podemos viver sem eles, os traumas críticos e acríticos de nossa existência.

Você já percebeu  quanto de crises existem e que levam a resultados os mais variados possíveis. Quando olhamos ao nosso redor nos vemos cheios de circunstâncias existenciais que modificam nossa caminhada ou que nos ensinam como trilhar os caminhos diante de nós. Fico muito preocupado com o outro que anda junto de mim. Preocupo-me em não prejudica-lo, em não maltrata-lo em não machuca-lo. Preocupo-me em não transmitir minhas neuras e complexos para o próximo. E me preocupo em não fazer com que o outro pense mal acerca de mim. Embora tente viver sempre o meu verdadeiro caráter e não a minha reputação.

Quando penso nas crises, penso em algo que se não estiver presente em nossa existência paramos de viver. Se estiver presente, então podemos viver, ou então sofrer. Sem crise, não existe motivação para viver o dia a dia. Sem crises, sem traumas sem conflitos perdemos o referencial de existência, pois nos faltará a base que empurra, que induz ao próximo passo. Mas, ao mesmo tempo quando as crises nos assolam de forma muito profunda, muito intensa não conseguimos viver, pois esbarramos visualmente nos problemas que se apresentam enormes e perdemos o foco das soluções. Se as crises não forem tão grandiosas ou intensas nos fazem andar, nos induzem a viver de forma verdadeira e estimulante.

Enfim, somos movidos a motivações internas e externas chamadas crises. E somos também barrados por motivações que nos levam a viver de forma negativa, o que faz mal de modo tão intenso que bloqueamos nossa mente e perdemos o ânimo de continuar tentando. Imagine sua vida motivada negativamente, o que te leva a depressão, não orgânica, mas psicológica que te faz parar, bloquear, estagnar, travar. Imagine algo que tira seu fôlego, seu entusiasmo, sua força, te levando a impotência depressiva.

As crises grandes demais se transformam em traumas que nos fazem curtir desânimos, desestímulos. Mas podemos vencer isto olhando para o autor e consumador de nossa fé, simplesmente, e não olhando para o problema. Sabemos que Deus é maior que nossos problemas, uma das primeiras frases motivadoras que a SAF de minha segunda Igreja e terceiro campo me deu. Sabemos que ao invés de olharmos para os problemas críticos, devemos olhar para a cruz. Sabemos que antes de olharmos para o mundo que nos deprime e desmotiva, devemos olhar para o nosso Criador e Senhor Deus. Ele nos ama, infinitamente desde antes da criação do mundo, de tal maneira que mesmo nada merecendo, recebemos dele a graça da paz incircunstancial no coração. Deus é maior que tudo que possamos imaginar, portanto, repito maior que nossos traumas, crises, problemas, e demais fatos negativos de nossa existência. Assim, vencemo-nos a nós mesmos vivendo para, com, por e de Deus. Amém, descansemos, portanto no Senhor sempre.

(Rev. Maurício Ferreira) 

junho 05, 2014

LIBERDADE...

Interessantemente liberdade é um anelo do coração do homem. Ele tentou desvencilhar-se da submissão a Deus no Éden comendo do fruto proibido, pois, este era bom para dar entendimento, agradável aos olhos e tinha uma aparência saborosa, e ainda a promessa do tentador era que ele se tornaria um semi-deus e que a lei divina não se cumpriria. Não deu certo, o pecado o afastou do que, ele, melhor lhe poderia acontecer, foi privado da presença divina e ainda teve que conviver com a consciência do pecado e sofrer a consequência dele, a morte. Morreu!

O tempo passa. O homem continua inconsequente e apartado da vontade de Deus. Olha o Senhor e o vê totalmente fora dos padrões de justiça, amor e solidariedade, além de moralmente em petição de miséria, como dizia o grande filósofo contemporâneo e empírico (dicionário informal), meu avô Teotônio Martins, politicamente correto hoje significa “em estado deplorável”. Mas, mesmo assim, inconscientemente buscando a sua liberdade. Viver como acha que é a vida, sem Deus. Deus destrói a humanidade, preservando o mundo e o ser humano, através do único justo, e sua família, encontrado naqueles dias. Noé, ao descer da arca, já peca e consequentemente, leva seus filhos a pecar também. A humanidade preservada continua buscando liberdade sem Deus e encontrando unicamente a decepção causada pelo pecado.

Passam-se os dias e o ser humano volta a crescer, encher a terra e em sua proliferação olha ao redor e se acha livre para fazer o que bem desejar seu coração. Constrói uma torre, alta, muita alta, com a intenção de tocar os céus. Presunção, ilusão, utopias que o levam a mais uma vez desrespeitar a vontade misericordiosa do Senhor Deus. Deus apenas os confunde, de modo a não mais se entenderem e assim eles, que desejavam formar uma única sociedade soberana e divinal, não se entendem. E não se entendendo separam-se uns dos outros e formam a diversidade social e geográfica para que o mundo cumprisse justamente a vontade do Criador e Senhor.

Abraão, Israel, Isaque e muitas gerações se passam dentro do plano criativo de Deus. O homem estava apartado de Deus, mas a linhagem piedosa e frutuosa estava entre os homens. Homens de Deus no meio dos homens sem Deus, e assim caminhava a humanidade criada. Jacó compra a primogenitura de Esaú e recebe a bênção paterna. Judá se engana e engana buscando liberdade para faze segundo o seu parecer a vontade de Deus. Sofre as consequências e peca ante o Senhor com atitudes que ofenderam ao Senhor, à sua nora Tamar e a seu filho Selá. Embora tenha suscitado descendência, ele não viveu segundo a vontade de Deus. Falhou na forma, por desejar viver de acordo com seus padrões e não os de Deus.

Hoje, vivemos em um mundo onde a busca pela liberdade chega aos parâmetros que toda historia nos convoca a visualizar. Busca-se a liberdade através de desejos e políticas, na maioria das vezes utópicas. Pensa-se na liberdade através de atos puramente subversivos, que acabam sendo ações que retratam um tiro no próprio pé. Busca-se fazer com que a liberdade transpareça através de chavões muitas vezes enganosos e consequentemente enganadores, provocando ilusões nos mais crédulos. O homem tenta por todas as suas forças, e jeitos ser livre.

Esta liberdade pode ser um do outro. Outras vezes uns do outro. Ou mesmo um dos outros. Mas ela sempre será utópica, desde que procurada sem a noção do que seja realmente liberdade. Uns dizem que democracia é liberdade, através da concorrência do meio e no meio de forma a produzir mais e melhor. Outros dizem que socialismo é liberdade, através da equiparação social, não dando regalias a uns e não permitindo solaparem-se os valores em alguns. Ainda alguns falam que comunismo é que conduz a liberdade através da igualdade social conduzida por mãos fortes. 

Eu creio que a verdadeira liberdade está em compreendermos exatamente quem somos, ela é individual é pessoal e é silenciosa. Creio que se cada um do nós viver realmente de forma natural, consciente e olhando o seu próximo com respeito, tratando a todos com justiça. Aquele que vive sem pre-conceitos discriminatórios e aprisionantes. Aquele que vive seguindo e segundo o curso da vida, sem correr além do necessário. E principalmente aquele que sabe perdoar, pois a vida sem perdão é totalmente cativa de amarguras, rancores e ódios consequentes de sentimentos negativos. Enfim, quando nos liberamos dos pesos que sobrepesam sobre nossa mente e coração. Quando nos voltamos para Deus que nos criou, nos cuidou e por amor, quando chegou o tempo dEle, nos libertou através do sacrifício de Jesus Cristo, enviando-O para nos substituir na morte consequente do pecado.

Enfim, liberdade de verdade é cada um se deixar viver sob a proteção graciosa de Deus e descansar em sua justiça, misericórdia e inefável amor. Liberdade real é não se privar de viver por causa de sentimentos aprisionantes, mas viver conforme deseja seu coração plena da vontade divina e de amor ao próximo. Vamos pois, viver como se deve, e cada um vivendo assim, teremos liberdade em todas as demais esferas de nossa existência. Pensa nisto! 


(Rev. Maurício Ferreira)