agosto 23, 2010

AGOSTO, UM MÊS ESPECIAL

Fala-se geralmente que o mês de agosto é um mês de azar, é um mês de muitos ventos, é um mês de muito frio outonal no inverno. Talvez pela superstição, talvez pela estação que nos leva para uma era de angústias, pelo cair das folhas, pela renovação da natureza até fazer brotar uma nova atmosfera na primaveril graça do mês de setembro. Tem coisas que são puramente folclóricas, e o ser humano gosta de folclore.


Mas para mim, o mês de agosto foi especialíssimo. Fui ver meus filhos que moram longe, revi amigos que nunca esquecerei. Refiz caminhos que pensava não mais percorrer. Falei com pessoas que amo e que me amam também, enfim voltei revigorado, e reanimado para dar continuidade a uma vida de ansiedades e inseguranças, embora saiba que estou nas mãos do Criador. Sou um ser humano normal como qualquer outro, embora fleumático e tendente ao melancólico, sofro com a falta de um porto seguro. Mas felizmente me vejo nas mãos do Senhor e norte de minha vida e me vejo em sua obra, independentemente de onde esteja.

Neste mês de agosto estamos eu e minha igreja numa maratona de trinta dias de oração, cada dia tem alguém orando pelo outro, pelo pastor tenho certeza, pela igreja toda, por missões em nosso país, pelos missionários espalhados pelos rincões nacionais. Pelos estados da região norte e da região sul. Pelo Espírito Santo, nosso amado distrito. Pelo período relevante de mudanças radicais em nossa política, pela transição decisiva nos rumos de nossa pátria.


Sempre que oramos, Deus responde positivamente. Quero que cada membro Manancial esteja certo disso, desejo que cada servo de Jesus que me acompanha neste blog tenha convicção disso também. Este mês está sendo especial porque muitas bênçãos certamente derramadas foram sobre nós e muitas ainda o serão nestes próximos dias a seguir. Deus continuará nos abençoando, abençoando minha família, abençoando a igreja na qual


Ele me colocou para servir, abençoando o chão onde coloco os meus pés, pois sei que Ele, meu Deus e meu Pai celeste tem os ouvidos abertos a oração que se faz neste lugar, meu coração, e sarará a terra ao meu redor. Por isso tuido grito paraq o mundo, Deus seja louvado, para sempre seja louvado o meu Deus, Pai e Senhor! Hallellu-Yah!
(Pr. Maurício Ferreira)

agosto 19, 2010

SÃO TANTAS EMOÇÕES

Sim, as emoções em nossas vidas fazem um importante trajeto. Elas nos conduzem aos mais estranhos sentimentos, dor, alegria, timidez, extroversão, calma, tranquilidade, intranquilidade, apreensão, angustia, ansiedade etc. Elas começam com o frio no estômago e terminam no gaguejar e até nas lágrimas.


No último dia catorze eu passei por tudo isso. Realizei o casamento da Pâmela e do Edison. Foi muito bom. Passei por quase todas estas etapas acima citadas. Tive até vontade de chorar enquanto lhes passava as instruções para um casamento sobreviver. Busquei forças onde não sabia que tinha para conter as lágrimas, mas quando a vi entrar, quando vi o semblante do pai, Marquinhos, que entregava a noiva ao noivo. Estas lágrimas fluíram de mansinho, e enquanto o Rev. Fábio orava sorrateiramente limpei-as de meus olhos. E consegui terminar a cerimônia bem. Consegui esconder dos outros as emoções, mas não consegui deixar que elas florescessem em meu coração.

Nestas horas entendemos quando o poeta secular diz: “São tantas emoções”. Fico imaginando o sentimento de um artista de palco quando visualiza sua platéia. É bom sentir emoções, é bom saber que podemos chorar em determinadas situações. É bom saber que temos a capacidade de nos emocionarmos ainda, depois de tanto tempo de vida.

Claro que não me emociono somente nestes casos. Este me chamou a atenção para as características deste fato em minha vida. Mas ao olhar o mundo como ele está me emociono através da indignação. Quando olho para a política brasileira, me emociono através da ira por sentir o ser humano tão relapso com seu país. Quando olho para dentro do seio familiar minha emoção é traduzida pelo impotência por não ter como entrar nela e mudar a forma de se criar os filhos, o modo de se relacionar esposo e esposa, a falta de respeito dos filhos para com os pais. Enfim, muitas emoções são a realidade da vida de um pastor de ovelhas.

E eu descubro que gosto disso, gosto de chorar, gosto de me indignar, gosto de irar-me, gosto de saber que mesmo ante a minha impotência existe um Deus que primeiro cuida de mim, depois cuida do rebanho que colocou em minhas mãos para ser cuidado, neste país continental. Louvo a Deus pelo privilégio de poder sentir o mundo ao meu redor, e com isto descobrir que sou sensível a voz e a vontade dEle, meu Senhor e meu Salvador eterno. SDG!
(Pr. Maurício Ferreira)

agosto 14, 2010

FELICIDADE PARA FELICIDADE, PAM E EDI!

A vida tem suas belezas, muitas vezes não visualizadas por nós como graça. Hoje estou aqui, em frente a este computador a algumas poucas horas de um casamento; mais um em meu ministério, mais um em minha carreira pastoral. Mas não simplesmente mais um para mim como ser humano, como pastor.

Estou em Foz do Iguaçu, o frio é muito intenso, estou de blusa grossa mais um agasalho por baixo, mas vibrando com este frio gostoso. Deve estar na faixa dos dez graus para baixo, maravilhosamente agradável. Mas como estava dizendo, voltando ao assunto central, não simplesmente mais um casamento, mas o casamento de Pâmela e Edi. Uma dupla que vi nascer como casal. Dois jovens que vi começarem juntos uma caminhada para se chegar até este momento maravilhoso.

Não sei quantos anos tinha a Pâmela quando a conheci, foi em noventa e quatro, ela era uma meninota, menos de dez anos ela tinha com certeza. Hoje, vejo uma mulher preste a se casar, se enlaçar matrimonialmente com o Edi para toda uma vida. Isso significa que ela deixará o Marquinhos e a Geneci para formar com o Edison que deixará a casa de seus pais, para também, unir-se à ela e tornarem-se ambos uma só carne, por toda a vida.

Estive lendo a narrativa do Edi do princípio das coisas e veja como Deus encaminha tudo para o final feliz de um casal que O ama e obedece, diz o Edi: "A gente se conheceu em 2005 no ônibus, o "Universitária". Eu estava sentado e a Pâmela entrou no ônibus dando risada com mais 2 amigas, detalhe: a risada escandalosa da Pâmela foi a primeira coisa que chamou a minha atenção. Eu muito educado, ofereci o lugar para a Pâmela sentar. E assim começou a nossa história de amor! Com o passar do tempo os encontros no universitária se tornaram mais frequentes, e se por acaso nos desencontrávamos, sentíamos falta da nossa conversa matinal. Além dos encontros casuais, começamos a trocar emails, era coisa de todo dia! Certo dia, eu entrei no ônibus e vi a Pâmela sentada no fundo, como o ônibus estava cheio, eu tive que ficar na frente. Eu fiz um sinal para a Pâmela dizendo que precisava falar com ela. Desde esse dia até que nos reencontramos se passaram quase 1 mês, nesse meio termo a Pâmela ficou muito pensativa com o que eu supostamente tinha para falar. O que ela não sabia é que isso fazia parte do meu plano. Quando a gente se reencontrou ela perguntou agoniada o que eu tinha para falar, então na hora eu inventei que eu só queria um abraço porque era meu aniversário. Acredito que ela tenha ficado frustrada mas pelo menos o plano funcionou, consegui fazer com que ela ficasse pensando em mim o tempo todo hahaha.". Assim, ele conta o começo da caminhada no ônibus Universitária. Olhares, corte, romantismo. Casualmente, supomos nós! Nada plano de Deus. Continuem linda casal a cultivar em seus corações o fruto do Espírito.

Imagine minha felicidade em ter hoje, dezesseis anos depois de conhecer a Pâmela, o privilégio de participar na realização da cerimônia de seu casamento, juntamente com o Rev. Fábio Augusto, hoje o pastor dela e do Edi. Tremer ante a responsabilidade de uma cerimônia em nome de Deus é natural para o servo dEle. Mas as emoções certamente no fazem ir além pelo privilégio de ver servos e servas de Deus se casando, ainda mais quando são pessoas que amamos como filhos. Estou muito feliz pelo fato de Deus me ter dado este privilégio, como, igualmente, me senti muito triste em não poder participar de alguns outros casamentos que já estão em andamento há algum tempo. Louvo ao meu Deus por no decorrer de minha vida poder ver frutos de um trabalho com crianças e depois adolescentes e depois jovens. E hoje certamente poder pastorear, de longe, mas pastorear um casal de crianças que conheci a muito tempo atrás.

As coisas de Deus são maravilhosas, não entendemos algumas delas, mas sabemos eu quando Ele está na dianteira, tudo que se sucede é maravilhoso.
SDG!
(Rev. Maurício Ferreira)

agosto 05, 2010

QUE MUNDO É ESTE? E QUEM SOU EU NESTE MUNDO?


Muitas vezes eu me preocupo com o egoísmo humano. É muito estranho olhar o homem hodierno e pensar nele como ele realmente é. É entristecedor, é angustiante e até mesmo constrangedor, pois sou um homem como os demais ao meu redor. Certamente sujeito aos mesmos erros e até mesmo aos mesmos sentimentos. Mas tenho certeza de que a muito tempo, uns trinta anos aproximadamente, venho mudando minha ótica holística do mundo em que vivo. E não gosto de ver como andam as coisas em nosso mundo em crise. Sei que o mundo não irá melhorar, não tenho esta ilusão, até mesmo porque a Palavra assim nos mostra claramente. Sei que os homens vivendo a seu bel prazer irão a cada dia fazer mais e mais de seu ventre um deus, irão buscar o hedonismo carnal acima de todas as demais coisas que os circundam. Irão pisar no próximo com se este fosse um degrau, que o ajuda a galgar posições mais altaneiras na vida profissional e a subir numa vida de contrastes e de uma realidade totalmente arreligiosa, mas também egoísta. Será este o mundo que almejamos para os nossos filhos? Um mundo predador? Será?

Não, certamente não. Quando olhamos para a competitividade natural humana, não vemos o cumprimento das leis de convivência que o próprio ser gregário um dia criou para que este convívio fosse o menos traumático possível. Quando olhamos para a política, não vemos o respeito às instituições divinas dos governos criados, independente de quais sejam, de acordo com a opção produtiva e forma de governo do país em tela. Vemos cada um puxando para o seu lado as decisões, o que provoca o trauma da decisão errada, porque parcializada pelo egoísmo humano desenfreado. Quando olhamos para as relações familiares o que visualizamos são problemas causados pela falta de amor verdadeiro, pela omissão ou excessiva comissão no cumprimento dos papéis de cada um no seio de um grupo sistemático constituído para a vida em comum. Que podemos fazer? que podemos desenvolver para mudar isto?

Nada? Mas nada mesmo? Creio que esta não é. tampouco deverá ser a verdade final de nossas vidas. Deus não criou o homem para que este simplesmente estragasse o mundo e depois o deixasse à revelia. Mas criou o homem, um pouco menor que o divino e colocou no mundo para que ele cuidasse de todas as coisas ao seu redor. Somos responsáveis pelo que acontece no mundo em que vivemos. E somos responsáveis pelo mundo que ficará para as gerações posteriores. Hoje o que se fala é na sustentabilidade. Um mundo que acolha o ser humano, mas sem ser depredado pelo ser humano. Um mundo que deve ser respeitado em seus limites provisionais. Um mundo que precisa ser respeitado por aquele que foi colocado nele como seu governador desde o éden. Portanto precisamos mudar algumas coisas em nossa política de convivência nesta terra de Deus. Mas o que?

Olhe para a convivência social e cumpra as leis. Não deixe que em nada você ultrapasse o direito de seu próximo. Viva as virtudes que fazem com que uma vida em grupo seja confortável e agradável para o outro, e certamente você será feliz. Olhe para a política, que você acha que nada tem a ver com você, e cumpra o seu direito de cidadania, depois olhe para sua cidade, seu estado e seu país e pense o quando você pode ser útil votando no melhor candidato. E votando naquele que realmente se preocupa com o bem estar dos cidadãos e da instituição denominada governo, seja ele legislativo, judiciário ou executivo. Agora olhe para dentro de sua família, como ela está? Bem, mal, em crise, sem crise? Olhe e veja que papel você está fazendo para que ela esteja como está. Se necessário mude radicalmente seu papel, sua função, seu temperamento para que através ou a partir de você mesmo ela seja mudada, transformada em um lugar que todos gostem de estar. Daí, sim, você estará mudando a aparência do mundo em geral. Mudando a sua visão de mundo, mudando-se do egoísmo para o altruísmo que o mundo precisa. Mude-se para mudar o próximo e a sociedade ao seu redor.

Só assim, poderemos dizer que somos melhores como ser humanos, como parceiros, companheiros, irmãos, gente que se importa com gente. Deus continue a te abençoar!
(Pr. Maurício Ferreira)