As derrotas são muito ruins para o ego da gente!
Geralmente esta é a primeira impressão que temos, e quase sempre logo após uma derrota.
Mas é a derrota que nos faz pensar, na maioria das vezes, a vitória geralmente não, ela eclipsa as falhas e os erros. Por isso em algumas circunstâncias, dependendo da hora e do que estamos realizando é importante a perda, por isso as vezes é melhor perder que ganhar. Principalmente quando no transcurso de nosso caminho surgem dúvidas quanto a autenticidade, ou mesmo a segurança de nossas decisões. Todo mundo deve ou deveria ter consciência de que o casuísmo é uma inverdade falaciosa que nos motiva a errar ao nos levar a pensar que "os fins justificam os meios".
Estou querendo, hoje, te chamar a atenção para refletir sobre a vida. Sobre as vitórias e sobre as derrotas que temos e teremos no nosso caminhar cotidiano. Embora queiramos sempre e somente vencer. Pensemos nos "por quês" das derrotas. Pensemos no "por quê" acontecem coisas em nossa vida que não condizem com a vida cristã.
Nossos dias são dias de ufanismo. Vivemos nos tempos, do determinismo eclesiástico, em que só a vitória interessa, quando uma derrota acontece é por falta de fé. O que na verdade não é e nunca foi. As derrotas estão presentes em nossa existência para nos ensinar a ganhar. Quem não sabe perder não aprende a ganhar. E quem só aprende a ganhar acaba tropeçando no viver, no existir em todos os sentidos, pois não analisa a vida.
Parei para pensar um pouco mais nisso porque neste dias a Seleção Brasileira de Futebol perdeu a Copa do Mundo nas quartas de final para a Holanda. Vi muitas pessoas como se estivessem de luto, tristíssimas. Mas o pior é ouvir as justificativas que irroperam neste contexto de derrota no esporte, invenção importante para a vida do ser humano, onde o Barão de Coubertim, criador das Olimíadas Modernas disse que "o importante é competir" e nós acrescentamos: competir e ganhar. Será? Quem compete, ganha mas também perde: "perdemos para nós mesmos"; "perdemos por causa do emocional"; "perdemos porque relaxamos" etc. Na verdade a Seleção Brasileira de Futebol perdeu porque naquele dia, naquela hora, naquela disputa o adversário (Seleção Holandesa de Futebol) foi melhor. Conhecia mais do que era conhecida. Foi mais fria, mais calculista. Mais eficiente.
Pense bem nisto, pois na vida espiritual prática, sabemos que não podemos negligenciar também o adversário. O inimigo é forte, ruge como leão em derredor da presa, busca aquela que ele pode alcançar. O inimigo perde batalhas, muitas, mas também vence. E se ele vence, nós perdemos. E numa coisa que não podemos ser negligentes: deixar de conhecer os passos do nosso adversário a cada instante de nossa existência. Oremos e vigiemos constantemente (Mateus 26.41).
No caso de Seleção Brasileira de Futebol, todos viam e apontavam erros, carências do grupo, mas a coerência pessoal vedou os olhos do líder e dos liderados e levou o grupo ao fiasco, à vergonha de um povo apaixonado pelo esporte. Mas também um povo iludido de que o Brasil tem o melhor futebol do mundo. Não tem, isso é visível e claro há algum tempo. Mas o fanatismo da mídia cega e deixa quem não quer pensar nesta ilusória falácia.
Na vida espiritual, conquistamos derrotas todos os dias, quando pecamos. O pecado, caro leitor, é uma derrota nossa ante as tentações que nos assediam a todo tempo, ante o inimigo de nossas almas e de nosso Deus. Estamos vivendo um tempo de preocupação com o secularismo, com a vida descompromissada com Jesus e precisamos voltar para o altar.
E nesta vida, nesta caminhada de servos teremos vitórias, muitas; e derrotas também muitas e precisaremos aprender com ambas. Precisamos ser realmente seres pensantes. Analistas da vida a nós outorgada por Deus.
Espero que possamos caminhar; tropeçar pois humanos somos; cair pois fracos somos e levantar pois servos de Cristo Jesus somos. E Ele está de mãos estendidas para nos levantar novamente e sempre. Aprendamos, pois a cada dia com a vida e com Jesus! Escolhamos a vida de Jesus Cristo e sejamos mais que vencedores durante, com as derrotas nas batalhas, e no fim da grande guerra existencial.
SDG!
(Pr. Maurício Ferreira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário