Nós somos igreja, de algum modo tudo isso nos alcança, a todas as instituições religiosas protestantes, através da generalização, quando se comentam os fatos, principalmente, fora dos meios de informação do país. Estes por sua vez estão sendo caprichosos no trato, sem generalidades, sem colocar todas as denominações envolvidas. Uma coisa é a instituição, outra coisa são as pessoas que com ela estão envolvidos. Cada igreja tem sua forma de gerenciar-se, e isto faz diferença, cada igreja tem seu jeito de se manter e manter seus investimentos, que realmente devem ser voltados para a pregação do evangelho e assistência social junto a sociedade em que está inserida.
Ao mesmo tempo que achamos que isso nada tem a ver conosco, precisamos, também, nos manifestar no sentido de esclarecer as coisas, e nos colocarmos na posição que nos compete tomar. Sou pastor presbiteriano, nosso sistema de governo e administração é totalmente diferente do sistema da IURD, em outro post falaremos disso. Como, também, precisamos dizer que, hoje, a IURD não é o Bispo Edir Macedo, embora haja uma identificação muito grande por ser ele o fundador dela há 32 anos atrás, e seus companheiros. O que ocorre é que, Ele e mais nove bispos, hoje, denunciados pelo MP junto à justiça de SP, encontram-se na condição de réus e precisam provar que as denuncias contra si são infundadas. Mesmo, ainda, que a Revista Veja fale do grupo, denominando-o como "A Universal" referindo generalizadamente a instituição, e mesmo que os documentos estejam em nome da IURD, quem estaria conspurcando o nome evangélico são os homens, que não são a instituição, mas membros dela, líderes, mas não acima do bem e do mal, que punidos por seus atos, devem ser punidos também pela instituição religiosa IURD. Tudo isto, evidentemente, se comprovadas as denuncias. Esta deverá continuar em detrimento de sua liderança. Os homens passam, a instituição permanece, e permanecerá até a parousia. A IURD hoje é uma instituição religiosa consolidada e independente de seu fundador. Está presente em 172 países, tem mais 4.500 templos espalhados pelo Brasil a fora, tem em seu quadro 9.600 pastores e mais 4.400 obreiros voluntários e congrega aproximadamente 8 milhões de fiéis. Parafraseando o fariseu Gamaliel, se a IURD estiver realmente no coração de Deus, ela há de permanecer e seu fundador humano, Edir Macedo, terá sido apenas um instrumento utilizado pelo Senhor da igreja, Jesus Cristo.
Assim, minha esperança é que esta hoje comprovada instituição religiosa chamada Igreja Universal do Reino de Deus, independentemente de sua liderança, que, infelizmente hoje provoca tantos escândalos ao meio evangélico, permaneça em sua missão de alcançar aqueles que Deus tem como seus no mundo. Fazendo a obra da evangelização integral, sem estes ranços de homens gananciosos e sem escrúpulos. Falo tudo isso prejulgar, tampouco condenar a ninguém acerca de qualquer ato destes que estão sendo veiculados na mídia de nossos dias. Repito, os homens passam, a igreja permanece. Os membros crédulos, crentes e cristãos que se envolvem com a instituição IURD nada tem com os deslizes, denunciados, das lideranças dela.
Minha esperança ainda é que a instituição amadureça com homens sérios que Deus há de levantar para dar continuidade à sua obra. São trinta e dois anos de um avivamento importante em nosso Brasil. Espero também, que os líderes de igrejas neo-pentecostais tenham a consciência de que a sua participação no mundo evangélico brasileiro é muito relevante, não se deixando, portanto, iludir ou assediar pelo lucro fácil. Deus tem uma grande obra para ser realizada, e todos são importantes nela, por isso a seriedade da vocação exige que nós, pastores, bispos, apóstolos, seja lá que título tenhamos saibamos que o mais importante não são os numerários pecuniários, ou a riqueza que teremos aqui na terra (Mateus 6.19-21), mas as vidas que Deus tem e às quais ele nos envia a pregar o evangelho sério e integral. SDG!
(Rev. Maurício Ferreira)
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