dezembro 01, 2015

BRASIL

Eu vivo num país que tem a aparência de pobre, tem a feição de terceiro mundo, que se mostra como pior do que realmente é. Eu vivo num país de fantasia, mas de uma fantasia negativa, não aquele que enche os olhos de esperança ou de satisfação estética. Eu vivo num país que apesar de toda sua pompa e viço não aparece como realmente deveria ser ou está onde realmente deveria estar politicamente, socialmente pensando.

Por quê?

Eu não saberia explicar isso de uma forma amena. Mas o que encontro como oração para expressar a minha análise responsiva a toda esta constatação ou contestação cardial minha é “falta de vergonha”. Sim, falta de vergonha de uma população alienada que não sabe escolher seus governantes, e não estou falando de partidos políticos de esquerda ou de direita ou centrista. Estou falando de gente mau caráter que se aproveita desta alienação para se aboletar nos cargos mais importantes de nossa existência política.


Quando falo de mau caratismo, falo de gente que não ama o Brasil, de gente que não se interessa pelo próximo, que não olha para o outro com amor, mas como degrau. Cada ser humano é mais um degrau a ser galgado para se chegar ao egoístico objetivo. E olha que não falo só de objetivos financeiros, pois com os altos salários de nossos políticos, qualquer que se envolvesse com ela já estaria num patamar mais elevado que a plebe comum. Mas não querem sempre mais. Infelizmente, somos o país da corrupção. Um dos países mais corruptos do mundo. Aqui nada cresce, nada se resolve, nada se realiza integralmente. Aqui tudo é superfaturado e infelizmente pilhado daqueles que por princípio escolhem fazer o que é certo.

A frase que se ouve no alto escalão popular é: “se a gente pagar todo imposto a gente quebra”. Mas o certo é pagar. “Dê a César o que é de César...” Disse Jesus Cristo. Mas o que será o justo para “César”? Eu não saberia dizer, uma vez que somos espoliados também nas taxas e tributos, que se voltassem como projetos para o país seria magnífico e até mesmo justificável. Mas tiram de um lado, levam para os paraísos fiscais e esfolam o pobre e justo tributado. O país não precisaria tanto imposto e taxa, não precisaria estar numa posição de terceiro mundo, não teria necessidade de ser fantasioso e ludicamente um objeto da brincadeira de maus caracteres. Poderíamos ser um país progressista, que realmente fizesse jus ao seu lema estampado em nosso pavilhão nacional: ordenado e progressivo a cada gestão, a começar dos minoritários.

Sempre falo o mesmo quando levanto minha voz. Não estou promovendo uma revolução, uma sedição, não quero que se pegue em armas ou se faça um barulho desnecessário e mortal para muitos. Não é uma revolução armada que desejo, mas sim, uma conscientização do povo brasileiro no sentido de mudança, de revolucionar sim mas através da força democrática do povo brasileiro. Sim, a mudança se faz através do voto secreto, friso “secreto”, pois assim se torna realmente pessoal e responsável. Através das urnas, da conscientização de que devemos votar no homem e não em uma facção partidária. Alerto que as filosofias partidárias não são desenvolvidas, portanto não têm nenhuma importância para o nosso voto.


Estamos nos aproximando das eleições municipais para prefeito, vice-prefeita e vereadores. Tudo começa na nossa cidade. Tudo começa a partir daqui. Então pense bem e vote certo. Só isso, conscientização, desalienação, culturização, busca do conhecimento prévio de pessoas irá nos levar ao voto consciente e correto.


Depois do voto, não acaba. Após o voto não podemos simplesmente cruzar os braços com a sensação do dever cumprido, precisamos fiscalizar, ler, escrever, nos envolvermos e mostrar aos nossos políticos que estamos de olho. Que não haverá segunda chance para o mau carácter que se envolver com falcatruas ou for infiel ao voto de confiança dado pelo povo. Quero encerrar minha palavra hoje dizendo a você leitor o seguinte: VOCÊ É RESPONSÁVEL PELO BOM OU MAU POLÍTICO QUE SE ENCONTRA INVESTIDO DE PODER na sua cidade, estado e união. Então, faça o seu melhor para o bem de nosso país.

{Rev. Maurício Ferreira}

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