Eu fico muito preocupado quando chegamos a anos de eleição
no Brasil. Geralmente são tempos de elucubrações intensas, mas superficiais,
que no final nenhum sentido fazem para a nação e para o outro. Por isso quero
pensar com você um pouco, claro sem a presunção de esgotar o assunto, mas pelo
menos para chamar a atenção de nosso modus operandi nestes dias. Acabamos de
passar pela alienante festa do carnaval, alguns vivem a utopia falaciosa da
quaresma, mas muitos aguardam a Copa do Mundo para depois pensar em eleições. E
como ficamos ante a nossa responsabilidade social?
Minha “preocupação”
atente: “pré-ocupação” para este ano
é duplicada por causa da Copa do Mundo no meio do ano. Pois, preocupo-me,
também, com a possibilidade de o resultado de junho e julho: positivo ou
negativo influenciar o nosso outubro. Preocupo-me porque este ano o povo pode
ser burlado pelas festas anestesiantes e que servem única e simplesmente como lazer.
Outra preocupação deste
coração pastoral é ver o povo vivendo a falta de cidadania. Mas por que se vive
assim, porque não se aprendeu a viver assim. Não se aprende hoje a amar a
união, o estado, a cidade em que se mora como seu lugar de viver da melhor
forma possível. Aprende-se a vincular fatos ou até mesmo a falta deles na
“minha” vida. Não se aprende que precisamos ter um olhar holístico sobre estas
instituições além do ser humano. Elas são ocupadas pelo ser humano, mas estão
acima dele. Primeiro, porque o ser humano que assume uma posição nestas
instituições torna-se um “funcionário público”. Isto quer dizer que quem assume
um cargo, oficio político é funcionário da união, pago pela união, e
fiscalizado por ela. E quando votamos no amigo, ou no candidato que “me”
prometeu emprego, uma carga de areia etc; esquece-se da nação e foca somente no
egoísmo humano egolátrico. Pensa bem.
Assim, quero pensar com
você sobre a sua responsabilidade de cidadão brasileiro. Você já analisou isso?
As vezes fazemos greves, realizamos manifestações, sem fundamento, porque não
sabemos exatamente o que desejamos, ou reivindicamos. Precisamos ter
consciência de que tudo que fazemos deve glorificar o nome daquele que nos
colocou na posição em que estamos. Volto a lembra-lo que você, cidadão
brasileiro consciente é patrão da Excelentíssima Sra. Presidente do nosso país,
e de todos os demais membros das câmaras e assembleias espalhadas por este país
afora. Assim, chamo você para a sua grande responsabilidade de análise, não
deixando que nada te influencie, nem Brasil campeão ou não da Copa do Mundo.
Nem promessas de homens que não tem escrúpulos ou até com escrúpulos fizerem
para você. Pense no país que você tem que administrar, e pode ser que tenha
chegado a hora de demitir alguns funcionários e alocar outros em seus lugares.
Você é responsável pela continuidade do caminhar do Brasil. Depois, não adianta
ficar reclamando, pois ao contratá0los, lhes damos uma carência de quatro anos
para que desenvolvam bem ou mal o seu trabalho.
(Rev. Maurício
Ferreira)