Todos sabemos que o sofisma é uma falácia indutiva para se
levar a pontos que são errôneos, proposital ou não proposital, no segundo caso
um paralogismo. Sabemos também que desde muitos séculos os sofistas existem e
estão entranhados nos meios sociais mais diversos. Com os sofistas nascem os
sofismas. Isto faz com que muitos não busquem o raciocínio lógico correto, mas
simplesmente bebam daquilo que se lhes dá, deixando-se levar por argumentos que
conduzirão a conclusões não desejadas, apenas por ser o argumento bem colocado
e bem conduzido. Parecem, e apenas parecem ter chegado onde desejava o seu
coração. Vemos muito, principalmente no mundo político. Vemos no dia a dia
comercial e mercantilista. Vemos na filosofia de ensino nas mais diversas
escolas de nosso mundo. Vemos na condução da vida existencial e funcional.
Vemos na religiosidade estéril humana. Vemos vícios como consumismo, pedantismo,
pretensiosidade não fundamentada na vida que realmente se tem, vemos o homem
trilhando caminhos que levam a morte apenas.
Quando avaliamos
nossas vidas precisamos definir quem realmente somos e o que realmente
desejamos. Assim, sendo, não nos deixarmos enganar por qualquer vento de
doutrina. Toda nossa vida é lógica, como dizia Aristóteles. Creio eu hoje, que
viver é uma argumentação lógica, quando as teses nos conduzirão a uma síntese
verossímil sempre que utilizarmo-la de forma sincera. O sofisma é uma tentativa
indutiva de fazer-nos raciocinar de forma lógica, utilizando inverdade, de
modos que ao final chegaremos a objetivos “claros”,
mas inverossímeis. Portanto, quero chamar sua atenção para as religiões de
nossos dias, que utilizam sofismas para nos levar as conclusões que pareçam
verdades, mas não são encontradas nas Escrituras e portanto, são conclusões não
verdadeiras.
Temos os mais
intensos argumentos que fazem o homem pensar que pode chegar a Deus. Temos os
mais diversos argumentos que induzem o ser humano a pensar que Jesus é bonzinho
e não justo como as Escrituras nos dizem que é. Temos argumentos que levam o
cristão a pensar que tem uma tendência de buscar a Deus. Vemos o homem desejoso
de ter nas mãos o seu “destino”, e
levar a pensar que se morrer várias vezes irá se purificar. Vemo-nos enredados
em teses que mostram que Deus é somente um poder, que não interfere na vida
terrena, e tampouco está ocupando-se com o ser humano, portanto cada um deve
buscar fazer a sua história. Os sofismas vão levando o homem que “não pensa” diretamente para o inferno.
O que fazer?
Quero dizer que
podemos trilhar outro caminho. O caminho da leitura das Escrituras sem indução.
O caminho da leitura bíblica sem interferências externas. O caminho da leitura
da Palavra simplesmente na condução divina, através do poder discernidor do
Espírito Santo. O caminho de buscar gente que realmente segue ao Senhor, de
verdade, para que possamos viver um discipulado que faça diferença, para nós e
para o outro. O caminho de pensar, de raciocinar, de extrair por nós mesmos a
verdade libertadora.
Portanto, deixemos de
lado a desídia e nos envolvamos com a filosofia de buscar, profundamente,
ardentemente, profusamente, intensamente tudo aquilo que almejamos concluir
para que nossa vida faça sentido. Todo ser humano é religioso de forma nata.
Todo ser humano sabe que existe Deus. Todos nós, seres humanos, portanto tentamos
conhecer a Deus. Podemos nos deixar ser induzidos enganosamente pelos sofismas
religiosos dos tempos de antanho ou podemos ser cientificamente buscadores dos
verdadeiros tesouros da religião. Saibamos que uma pérola falsa não pode ser o valor de toda uma existência.
Portanto, examinemos as Escrituras que ao mesmo tempo, entenderemos que “uma Pérola verdadeira”: JESUS CRISTO,
vale mais do que uma vida. Por exemplo: Para o salmista no deserto tórrido,
árido, estéril e sem vida, o oásis valia mais que a própria vida, sua reação
foi louvar e bendizer a Deus. O mesmo servo, pôde dizer no final das poesias
que todo ser que respirasse, tivesse vida, deveria louvar ao Criador e Senhor
Deus, bondoso, misericordioso e fiel.
Quero encerrar, refletindo
contigo que devemos pensar. E pensar de forma verdadeira. Pois quando assim o
fazemos chegamos ao resultado verdadeiro. Jesus é a verdade libertadora. As
amarras nos prendem desde que nascemos, e Ele nos liberta para LHE pertencermos.
O preço pago foi alto, muito caro, uma morte ignominiosa de cruz. Ali Ele pagou
o preço consequente do pecado, exatamente nos redimindo para que tenhamos
abundante e eterna vida. Se Ele nos comprou, mesmo que misericordiosamente nos
chame de amigos por nossa obediência, somos também servos, agora, dEle. O nosso
poderoso, majestoso, soberano Deus, não deixou a Sua glória, Ele continua Deus:
Senhor, condutor, e consumador de todas as coisas (Romanos 11.36). Portanto,
nosso Senhor de juízos insondáveis, de caminhos inescrutáveis, também nos
conduz a conclusão insofismável para a vida, Jesus Cristo nosso Salvador e
Senhor. Qualquer outra síntese será inverossímil, e, portanto indutora a morte.
Olhe para as Escrituras, somente elas, inerrantemente, inquestionavelmente,
insofismavelmente poderão te mostrar qual é a verdade que liberta: Cristo Jesus.
(Rev.
Maurício Ferreira)
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