Nossa política, nossas igrejas, nossas famílias, tudo vai de roldão morro abaixo, sem uma expectativa de um ressalto que nos obrigue a parar. Politicamente o Brasil é um barril de pólvoras, sempre pronto a retrocessos, ou ao caos completo. Ninguém, na verdade ama realmente o Brasil como deveria amar a sua pátria. Eclesialmente nossos líderes, hoje, agem mais como políticos, ou profissionais ávidos por riquezas e esquecem-se do ministério em que o nosso maior exemplo, morreu numa cruz, e viveu sem ter onde reclinar a cabeça. Familiarmente, vivemos o caos, a desestrutura, a desinformação, e a rebeldia. Ovelhas sem pastor, cada um fazendo o que bem entende, em qualquer um dos âmbitos acima.
A questão é: onde vamos parar? A continuar nessa toada, somente ao sopé da montanha, estatelados, mortos em nossos delitos e pecados. Outra questiúncula que se levanta é: O que devemos fazer? Toda estrutura criada ou natural, tem o seu mecanismo de frenagem. Pise no freio. Retese os músculos, esforce-se um pouco mais, diminua a velocidade e pare. Pense nas consequências, e resolva parar. Do contrário, os caminhos que ao homem parecem ser bons, levar-nos-ão aos caminhos de morte, não física, mas eterna. Em todas as áreas.
A Palavra diz que Deus instituiu toda autoridade sobre a terra, creiamos nisso e oremos para que o instituidor, criador e Senhor da vida olhe para a nossa pátria e a transforme, começando por nós, fazendo-nos exemplos a serem seguidos por quem está ao nosso lado, nos lê, ou fique sabendo de nós, mesmo que anonimamente. Deus transforma! É nosso pedido, mas não nos colocamos na brecha, não nos envolvemos com a realidade, continuamos a viver a utopia de uma vida estéril e insossa. Queremos ser sal, mas somente aquecidos dentro do saleiro. Queremos que mude, mas sem nosso envolvimento, deixe que alguém faça por nós. Assim, se não nos envolvermos, se não nos fazermos de exemplos, não mártires, mas modelos, não estaremos fazendo nada para que o mundo ao nosso redor mude. O mundo, o Brasil precisa ver o senhorio de Cristo através de nossas vidas, cristãos, pensem nisso. Não nos omitamos, ao mesmo tempo não vandalizemos a sociedade ao nosso redor. Somos servos do altíssimo, fazemos parte do reino de Deus, vivamos como ovelhas do pastor divino, sempre olhando para a cruz, e mudemos a nossa pátria, para melhor.
A Bíblia nos fala de uma igreja serva, una, sobrenatural, espiritual que existe para conforto e consolo de todas as gentes, mas nos vemos num turbilhão de religiosismo que invade os lares de forma midiática, que demonstra e aguça a ambição desenfreada do ser humano, que molda cristãos que não sabem o que é servir, ou o que é obedecer. O religiosismo de nossos dias tem enfraquecido a Igreja, embora, vejamos templos lotados, gente com cacoetes evangélicos, povo junto, mas não unido, pois cada um busca somente o que, supostamente te "pertence". Vivemos, hoje, uma religião de "busca" e não um cristianismo de "doação". Queremos um "deus" que nos sirva, e não servirmos ao majestoso e soberano "Deus" e Senhor nosso. Queremos que Deus estenda a mãos para nós e implore o louvor e não que nossas mãos estejam estendidas para Ele até que tenha misericórdia de nós (Salmo 123). Então não mais vivemos o cristianismo baseado em Cristo e na entrega do sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, mas o religiosismo egoísta de gente insubmissa. E queremos, ainda que Deus no abençoe, não vai dar, corra atrás de seu "sonhos". Deus virou o rosto para o nosso jejum.
A Bíblia nos fala de uma família, em que o marido precisa amar a esposa mais que a própria vida. Que a esposa seja submissa ao marido como a igreja ante o Senhor. Que os pais sejam respeitosos para com seus filhos e que os filhos honrem a pai e mãe. O que vemos são mulheres desejando a independência, não somente financeira, o que é muito interessante, embora o casal seja uma só carne. Mas independência total da vida familiar, buscando "ser feliz" nos braços de um a cada dia, ou mesmo sem estar sob a missão do marido, como deve ser, caminhando juntos. Homens que desprezam a vida familiar, que vivem como solteiros livres, embora sejam casados, que traem sem pensar nas consequências e que fazem de seu lar um lugar sem a estrutura do amor. Se existe falha de amor no lar, o culpado é o ministro do lar, o patriarca, o homem. Pais que não respeitam seus filhos, que mentem para eles, que não os levam a sério como seres humanos que são. Filhos que não honram a seus pais, pois não os obedecem, não lhes dão a importância devida, mas que somente pensam no apoio financeiro que os pais possam lhes dar. Enfim, dentro do lares, no seio das famílias não vemos respeito mútuo, mas somente interesses egoístas. E ainda queremos que Deus nos abençoe. Não se iluda, de Deus não se zomba, aquilo que o homem semear, isto também ceifará (Gálatas 6.7-10).
Portanto, chamo-lhes a atenção, caros leitores, para o fato de estarmos vivendo dias de caos completo: político, eclesial e familiar. Mas ao mesmo tempo, conclamo-lhes a pensar que ainda não é o fim, estamos no princípio da dores, o que quer dizer que ainda temos tempo. Vamos pisar no freio de uma história que pode ficar muito mais bonita do que imaginamos em nossos melhores sonhos. Somos servos do Altíssimo, somos filhos do Rei, somos ovelhas do divino Pastor, assim, ainda podemos viver a esperança de dias melhores, aqui e no porvir. Mas, nesta hora, necessitamos fazer a nossa parte, orar é evidentemente nossa maior arma, e deve também ser algo inerente ao nosso ser. Crente tem que orar sempre, na alegria ou na tristeza. Mas também fazermos a nossa parte de forma ativa, sendo cristãos tão, mas tão autênticos que ninguém que nos cerca deixe de notar o nosso envolvimento com o Senhor da vida e da história, tanto que a realiza através de nós. Seja servo, e haja de acordo com este ministério de serviço. Não importa o que o mundo diga, você pode começar a maior revolução de todos os tempos, a revolução do amor de Cristo, pois você sabe o que é tudo isso.
"A começar em mim, quebra coração, pra que sejamos todos um, como TU és em nós..." Deixe isso ser realidade em sua vida e comece uma mudança, a partir de ti, para que o mundo veja em suas ações e em suas palavras que Deus realmente poderá ser Senhor do Brasil, da Igreja e não mais "igreja" e da família. Vamos, ainda há tempo! Levante-se Brasil evangélico de verdade e mude este país. Mas lembre-se, comece a mudar seus valores, seu padrão, sua história. Deus quer fazer algo diferente. A hora é sempre AGORA. Um Brasil de Jesus, precisa de Jesus; a igreja de Jesus precisa de Jesus e a família crente precisa de Cristo. PORTANTO, hoje o que vemos é UM POVO CRENTE QUE PRECISA DE CRISTO NO CORAÇÃO e não somente nos lábios. MUDE, agora cristão!
(Rev. Maurício Ferreira)
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