O futuro pertence a Deus nos diz a Santíssima Palavra. Eu sei disso e você que me Lê também o sabe. E por isso sempre esperamos o melhor para o futuro pessoal, e da coletividade de que somos parte. Este é meu último dia de militância na Igreja Presbiteriana Manancial, neste dia muitas coisas ainda farei, muitos passos ainda darei, encerrarei com um culto de oração, que dirigirei. É meu último numa igreja que amo pois estava nela o dia em que nasceu como igreja, inexperiente, cheio de sonhos, e entre eles o de ser um grande pastor, ministério no qual o Senhor Deus e Pai me colocou desde 1983, quando resolvi ouvir a Sua doce voz a me chamar e dizer quero te usar. De 1984 até 1987 no seminário aprendemos muitas coisas, entre elas sofrer pelo Senhor. Mas desde a teologia até a psicologia, passando por histórias, as várias histórias do mundo e do povo de Deus no mundo. As várias teologias e até o senso ético na vida pastoral. Muita coisa se aprende no seminário, o que cursei foi o Seminário Teológico Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemos Eller, o nosso querido STPRDNE.
Mas eu gosto como Deus age, como Ele faz a nossa história. Ser pastor eu aprendi no campo, no dia a dia, no convívio com as pessoas, com as ovelhas que ele colocou sob meus auspícios. Umas boas outras nem tanto. Umas que gostam do pastor, outras nem tanto. Aprendi a viver com isso tudo, a ver com os olhos de Deus e conviver com todos os diferentes da mesma forma, amando, servindo e perdoando, lema que adotei desde meu primeiro ano de minsitério na cidade Pinheiros, embora lá tenha militado como licenciado, meio sem voz e mandado por todo mundo. Mas foi um tempo de graça, de extremo aprendizado, de lágrimas e de alegrias indizíveis. Ordenação. Manancial. Boa Esperança. Foz do Iguaçu no Paraná. Ourilândia do Norte no Pará. Brasil a fora, ou como diz uma amiga, Brasil adentro.
Voltei às origens, e hoje começo meu, mais um, último dia. Depois de dois anos, certamente com vitórias e derrotas, com alegrias e tristezas, principalmente de ver alguns irmãos de longa data ser promovidos à glória. Angústias, ansiedade, mas a alegria de saber do dever cumprido, apesar de nós mesmos, debaixo da graça do Criador e Senhor. Das adversidades, do juízo crítico de alguns quanto ao meu trabalho no reino. Mas no cômputo geral, a alegria de saber que vivo para Deus, de Deus e com Deus todo tempo, o que me faz sempre realizado na vida. Estou alegre por mais um último dia, por mais uma igreja pastoreada, no sentido mais exato do termo, por um período em que pude fazer o melhor de mim para meu Rei, Senhor e Salvador: Jesus Cristo.
Obrigado Jesus Cristo por este último dia que me faz ver o quanto podemos ser uteis em Suas mãos e o quanto Senhor tem cuidado de nõs.
(Rev. Maurício Ferreira)
