Outro dia falei do nosso ministro do meio ambiente, que defendia a "descriminalização da maconha". E esta semana fiquei triste ao ver um homem que sempre considerei inteligente, um dos homens sábios de nosso país, o nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nas páginas amarelas da Revista Veja defendendo a mesma coisa (Veja, edição 2131, 21 de setembro de 2009). O interessante é que no transcorrer da matéria podemos perceber que ele não tem argumentos para o tema que resolveu defender. Ele a defende, creio eu, por uma questão postural, por se achar um ícone da intelectualidade brasileira contemporânea, mais que, hoje, um ícone político, num momento em que a demagogia se faz premente, pois se aproximam as eleições majoritárias.
Ele defende uma coisa que no fundo ele, aparentemente, não concorda firmemente. Para mim quem defende a "descriminalização da maconha" está defendendo a liberação também, está defendendo o tráfico também, pois não há como dicotomizarmos tudo isso, Uma coisa está intrinsecamente ligada a outra. Assim, vejo que ele muitas vezes se contradiz. Mas idealisticamente, respeito a posição postural que ele tomou, só não concordo com a direção, por isso argumento na direção contrária.
Maconha é droga, como a cocaína, o craque, a bebida alcoólica, a nicotina e tantas outras, pois são criadas coisas novas a cada instante. Droga faz mal, na verdade droga mata. Mata porque provoca a falência natural dos órgãos internos do ser humano, e mata porque propicia o crime, a ganância, a brutalidade, a falta de caráter. E tudo isso propicia o crime, o homicídio, o desrespeito pela vida do outro. Assim, será que se devemos defender a não criminalidade de uma droga, seja ela qual for? Será que podemos simplesmente deixar de pensar mais profundamente no mal que a droga provoca?
Quando falo isso, não estou falando do ser humano, estou falando do problema do ser humano. O ser humano é influenciável, fraco, dependente de prazeres hedônicos. E ainda é naturalmente corrupto e espiritualmente corruptível. Eu amo o ser humano, e amo com o amor de Jesus Cristo. Isto me leva a postura de que, tudo que puder fazer pelo bem do pecador, irei fazer, não importa o quão chafurdado no pecado ele estiver. Mas não posso coadunar com o seu pecado. Assim, pois me atenho a falar deste fato que o Brasil começa a defender com seus homens de "expressão" denominada "descriminalização da maconha".
Descriminalizar a droga quer dizer que o viciado, o fumante não será preso se pego com uma porção da droga. Isso quer dizer que você, meus filhos, eu, nossos jovens adolescentes estão liberados para utilizar sem temer a punição legal.
Pais, não entrem neste engodo! Líderes comunitários não se unam a esta estapafúrdia idéia de intelectuais que não veem a base social, como nós que atuamos nas periferias vemos. Mas veem somente uma situação social que precisa ser combatida, e aderem portanto a ideologia absurda do "se não pode contra, una-se a...", está errado! Não podemos simplesmente abrir a guarda. Não se pode simplesmente aderir ao erro, porque não se consegue resultados positivos contra ele. Vamos continuar a nossa luta para tirar o ser humano do pecado. Vamos encontrar uma outra alternativa, mas nunca baixar a guarda. Não é permitindo que se educar, mas sim reprimindo quando necessário e vital. E lutar contras as drogas no seio das famílias hoje é vital.
Para racionalizar, hoje, muda-se o nome dos fatos: "liberar a maconha" é agora expresso como "descriminalizar a maconha". Se é proibido e as pessoas usam, é crime. Se não é proibido e as pessoas usam, deixa de ser crime? claro que não, pois continua sendo errado aos olhos de Deus. Os pais, professores, líderes espirituais das gentes é que se matem para educar melhor seus filhos. Nós, o governo, lavamos nossas mãos. Está errado! Omite-se assim, a lei de segurança pública, e omite-se uma posição primordial do governo para a vida do cidadão. Assim, precisamos cuidar para que o crime não deixe de ser crime por causa de uma lei, mas deixe de ser crime porque as pessoas deixaram de infringir a lei, que é criada para ser cumprida cabalmente.
A morte de Jesus na cruz pelo meus pecados não aboliu a lei, mas sim cumpriu-a. Não basta revogar uma lei, é necessário cumprí-la e ensinar aos outros a cumprí-la também. Precisamos dar bons exemplos, ser virtuosos, ter uma vida de esmero por fazer o que é certo. E não lutar para acabar com uma lei, para amenizar a necessidade de punição. Educar é melhor que negligenciar o cumprimento das leis. (SDG)
(Pr. Maurício Ferreira)