MAIS UM ANO...

 Doze...

Doze é um número interessante, no Velho Testamento vemos os doze filhos de Jacó, que se tornaram os doze patriarcas de Israel, nome mudado de Jacó, e que deram nome as doze tribos de Israel. Vemos o número doze em muitas coisas e fato referentes ao Senhor Deus. Passamos ao Novo Testamento e nos vemos ante os enviados de Jesus Cristo: os doze apóstolos, escolhidos entre o povo que o seguia a um ano e meio e que por um ano e meio se tornou o circulo especial de seguidores, aprendizes de Jesus e apóstolos (enviados) para que a Igreja tivesse uma pedra angular, Jesus Cristo, o supra sumo da doutrina dos apóstolos.

O tempo passou e doze tornou-se também os numero de meses de um ano, divididos em trezentos e sessenta e cinco dias, formando um circulo perfeito entre os solstícios e equinócios sazonais que mostram as marcas naturais que Deus criou e deu ao homem a inteligência para descobrir na natureza em que vivemos. Um ano são 365 dias, divididos pela média de meses que seriam de 30,42 dias. Assim, aqui estamos no primeiro domingo de janeiro, primeiro mês de 2025, para pedirmos que o Senhor nos ensine a contar cada um destes dias, e no final termos um crédito saudável de sabedoria provinda do trono eterno, atemporal e preexistente do Criador, sustentador e Senhor de nossas vidas.

Carpe Diem “aproveite o dia” nos diz a filosofia e “Conte seus dias” nos fala a Escritura. Vamos viver os próximos 360 dias com alegria em Cristo Jesus? Doze meses, é o que falta em 2025.                   

[Rev. Maurício Nascimento.]

DEZEMBRO CHEGOU...

 O Último...???!!!

Contando os dias para o final do ano. Eu na verdade não sei porque ficamos tão ansiosos para que se mude o ano. Sabemos que a cada dia passado se faz um a menos em nossas vidas, nossa existência. Mas será que temos a consciência de que a cada dia a morte se faz mais próxima? Nem sempre interpretamos assim, e interessante porque vibramos com cada ano, cada dia, cada semana, cada aniversário, sem pensar que menos tempo temos e teremos.

Entramos hoje no último mês do ano dois mil e vinte e quatro. Aproximam-se as festas de encerramento, de festejarmos o novo ano, presumo que toda alegria se dá por estarmos vivos, por termo o privilégio de viver mais um ano, mês, semana, dia. Celebramos sem saber o porquê, celebramos só por se passarem os dias. Mas celebramos os anos, celebramos os tempos, celebramos a vida! Será, certeza que celebramos a vida? Suponho que não pensamos muito nisso, só vivemos, e isso é muito pouco.

O salmista diz que “Este é o dia que o SENHOR fez; exultemos e alegremo-nos nele.” (Salmo 118.24) e que devemos buscar aprender em cada um de nossos dias para alcançar sabedoria (Salmo 90.12). portanto, quero sugerir que, se não até aqui, a partir daqui tenhamos mais atenção com cada dia que vivemos, atentemos cada vez mais com a vida que vivemos em cada um desses dias, pois eles não são aleatórios, randômicos. Cada dia foi projetado amorosamente por Deus que nos alegrarmos nele e dele desfrutarmos plena e santamente.                                  

UMA VIAGEM SEM VOLTA...

 Queimem os barcos...

Conta a história que o navegador Américo Vespúcio, de que as américas tomaram o nome, depois que Cristóvão Colombo descobriu as terras ocidentais por um golpe da sorte, veio a esta terra, agora com o propósito claro de colonizá-la e trouxe vários navios cheios de aventureiros em 1499. Por volta de 1519 o navegador Hernan Cortes parte de Cuba e ao chegar nas terras mexicanas mandam que queimassem os barcos, eram cerca de onze embarcações com aproximadamente quinhentos homens a bordo. “Queimem os barcos” foi uma frase que significou a impossibilidade de retorno, de volta daquela jornada. Agora ou trabalhavam para a concretização dos sonhos e projetos ou morreriam tentando regressar.

“Queimem os barcos” pode ser nossa motivação para a continuação da caminhada cristã rumo ao paraíso de Deus. Pode também ser uma motivação mais minimalista, trazendo-nos para os dias presentes. Significa que na vida não temos como voltar atrás, regressar ao inicio de tudo, retornar ao passado e tentar vive-lo, e até mesmo voltar para trás. Na vida só podemos caminhar para frente, para o futuro, que a Bíblia diz que ainda “não é”. Só existe uma direção para o cristão, que na graça maravilhosa do Senhor chegou até onde está neste momento: para frente. Só podemos andar para a consumação dos séculos em Cristo Jesus, no esplendor de sua volta, para buscar seus filhos escolhidos e vocacionados até o último dia no coração de Deus. Queimemos os barcos e prossigamos firmes na fé!                          

[Rev. Maurício Nascimento.]

PREGUEMOS O EVANGELHO

 Proclamações existenciais

No dia 15 de novembro de 1889 foi proclamada a transformação do Brasil monárquico em Republica federativa, motivada por insatisfações de militares e representantes do povo a respeito do reinado de Dom Pedro II. O primeiro presidente na era republicana foi o Mal Deodoro da Fonseca. Pois bem, quando pensamos em movimentos nacionais como esse e outros nos vemos enredados em fatos que nem sempre seria o que desejamos, mas acabamos por neles sermos inseridos e neles vivermos todos os nossos dias.

Na vida cristã existem algumas proclamações que são relevantes e que necessitam nossa atenção. Devemos entender que a vida precisa de nossas proclamações: primeiro a proclamação de vida, segundo a proclamação de qualidade de vida, terceiro a proclamação de eternidade, perenidade. Mas quero chamar sua atenção para o fato de que todas elas convergem num único ato: olhar para a cruz e crer na sua mensagem: Jesus Cristo, Senhor e Salvador dos homens.

A maior proclamação que pode fluir de nossos lábios pecadores é a que amamos unicamente a Jesus Cristo e o temos coo nossos Senhor e nosso Salvador. Mas, ao mesmo tempo, esta não é uma proclamação que sai de nosso coração de moto próprio, ele só fluirá se for motivada pelo Espírito Santo que habita nossa existência e nos dá vida para compreender a graça maravilhosa do Pai. Jesus Cristo é a nossa pregação mais altissonante e verdadeira na caminhada cristã.                                  

  [Rev. Maurício Nascimento.]

A DEUS TODA GLÓRIA.

 Soli Deo Gloria.

“Só Cristo, só a graça, somente pela fé e somente as Escrituras nos levam ante a soberania divina que nos vem por um perfeito amor salvar completa, plena e eternamente, o que nos faz dobrarmo-nos ante o Trono de graça e darmos glória somente a Deus. Somente a Deus toda glória, só ao Pai de amor e graça toda gloria, não podemos glorificar a nenhum outro sobre a terra, os céus ou as águas, pois só e somente Deus é digno de toda glória.

Deus é soberano, ele conduz toda história nos seus mais ínfimos detalhes. Nada foge ao seu poder soberano, suserano. Ninguém está acima do glorioso Senhor, Criador, Sustentador e Salvador nosso. Deus está assentado no seu alto e sublime Trono conforme nos fala Isaías e Paulo respalda na doxologia de Romanos onze. Somos súditos no Reino divino e devemos glorificar apenas e somente o Rei.

“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão inexplicáveis são os seus juízos, e quão insondáveis são os seus caminhos! ‘Pois quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu alguma coisa a Deus para que isso lhe seja restituído?’ Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém!” (Romanos 11.33-36).

{Rev. Maurício Nascimento.}

SOMENTE CRISTO SALVA.

 Solus Christus.

“Só Jesus, o Cristo!”. Já vimos nas pastorais anteriores acerca das doutrinas “solas”: Scriptura, Fide e Gratia. Hoje vamos pensar sobre o quarto sola: “Solus Christus ou Solo Crhristo. Se entendemos que as Escrituras revelam Deus e toda sua obra, que recebemos pela fé e que nos chega unicamente pela graça, compreenderemos que tudo converge para Cristo somente. Nele, Cristo, somos salvos e somente por ele, através dele e para ele. Cristo é o autor e consumador de nossa fé.

Mas ao olharmos para as Escrituras veremos que há um meio de salvação dos homens dos pecados deles: Jesus Cristo. Nada mais, ninguém mais pode salvar o pecador e restaurá-lo para se apresentar diante do trono de graça, misericórdia e amor. Ninguém tem possibilidade de levar para o céu qualquer pecador. Quando pecamos em Adão e Eva, recebemos através deles a maldição da morte, mas também, na mesma toada Deus aponta para a porta que é Jesus ao dizer ao inimigo: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (Gênesis 3.15), nos preanunciando o Evangelho.

Jesus é, mas sempre foi e será. Jesus está em nosso presente como nossa única possibilidade de salvação, mas sempre esteve, desde a pré história até a grande consumação de tudo e toda criação pelo amor inefável de Deus que tem sob controle toda história da humanidade. Jesus nos diz que só há um caminho para Deus: “— Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6). Sim, SOLUS CHRISTUS, somente em Jesus existe salvação e vida eterna.

{Rev. Maurício Nascimento.}

SOLA GRATIA

 Somente a Graça.

“Salvos pela graça...”, sim “somente pela graça”. Não há outro caminho, não existe outra forma, não podemos mudar o rumo de nossa existência, pois nada temos, e jamais teremos méritos para isso. Somos pecadores, inveterados, contumazes, e vivemos rebeldemente contrários à cruz do calvário, onde nossa redenção foi firmada e confirmada nos reconciliando com o Pai. O senhor nos diz em Efésios 2.1 que estando nós mortos, ele nos deu vida em Cristo Jesus.

Quando entendemos a graça, um favor não merecido, que recebemos por um amor indizível, inefável e inenarrável de um modo perfeito, entenderemos o quão maravilhoso é sermos contemplados com ela. A graça misericordiosa de Deus alcança o pecador, apesar do pecador, e muda, transforma e transtorna a história deste pecador de um modo que nenhuma outra atitude, de qualquer outra divindade ou instituição espiritual ou pseudo espiritual poderia fazer.

Somo salvos pela graça, e somente pela graça temos e teremos condições de trilhar o caminho de verdade e vida abundante que Jesus Cristo nos concede e mostra em todos os seus atos sacerdotais, proféticos e reais. Ele se encarnou, viveu entre nós, como nós e morreu a nossa morte para vivermos a sua vida até que sejamos transformados pela renovação de nossa mente para experimentarmos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Tudo isso é SOMENTE PELA GRAÇA de Deus que nos alcança, pois, derramada sobre nós para sermos conformes a vontade soberana de Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor e nosso salvador, pela graça somente.                                    

{Rev. Maurício Nascimento.}

SOLA FIDE

 Somente a Fé.

“Mediante a fé” é uma frase bíblica bastante usada para nos enfatizar a nossa salvação. Aos Efésios o Senhor diz que somos salvos pela graça, mediante a fé (Efésios 2.8). Também aos Romanos o Senhor nos fala da conclusão acerca da justificação assim: “Concluímos, pois, que o ser humano é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.” (Romanos 3.28). Ainda: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1).

Portanto, somente a fé, só pela fé a Igreja permanece de pé. A Igreja Reformada chegou a esta consciência por causa diferenciando da doutrina vigente da justificação pela fé baseada na pia da regeneração, que também é chamado de batismo. Assim, a regeneração pela fé tem base somente na certeza convicta da esperança no invisível e suficiente amor gracioso de Deus pelos seus eleitos. Portanto, nossa salvação é mediante a fé, não por obras, para que não haja vanglória do ser humano (Efésios 2.9).

Deste modo vivemos, convivemos e sobrevivemos neste mundo “somente pela fé” na mensagem da cruz, porque a Palavra Santa nos diz que “todo aquele que nele crê não morre, mas tem a vida eterna”. Que nele crê, no Filho unigênito de Deus, que nos foi enviado por causa de um amor perfeito desde antes da criação do mundo. Tudo vem de Deus, tudo volta e voltará para Deus, portanto, creiamos naquele que morreu para nos salvar e por este mérito nos representa sacerdotalmente ao lado do trono do Pai como nosso advogado, creiamos!

{Rev. Maurício Nascimento.}

BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS

 Somente a Escritura.

A Bíblia é a nossa única regra de fé e de conduta, de prática, de vida neste mundo. Ela deve reger todas as demais regras de nossa vida. Todas as leis deveriam partir da interpretação da Palavra de Deus. Tudo na vida humana deveria estar pautado na Lei de Deus que o revela com sua Santa e sacra vontade para toda criação. Mas o homem medieval religioso começou a colocar outras fontes para interpretação da existência humana e com isso excluir a Palavra de Deus como fonte da vontade divina para sua criação.

Assim, após a Reforma Protestante do século XVI os reformadores para enfatizar que apenas as Escrituras são a nossa autoridade final, lavraram esta “sola” que significa somente. Com isso afirmando que não existe outras fontes autoritativas para a vida humana sobre a terra que a Escritura e seus derivados, catecismos, credos e autoridades eclesiásticas. Deste modo começa-se a defesa da Escritura Sagrada como a Única Regra de fé e de Prática cristã. Toda fonte secundária precisa estar pautada nela.

Hoje, 507 anos após a Reforma Protestante do Século XVI ainda vivemos sob estas pilastras do mundo cristão: Sola Scriptura, Sola Fide, Sola Gratia, Solo Christo (Solus Christus) e Soli Deo Gloria. Não foram lavradas durante a Reforma, vieram depois para solidificar a base de algo que Deus promovera para trazer de volta a “Sua Igreja” para o caminho novamente. Até aquele momento a Igreja apostólica havia se corrompido e deixado e continuava deixando de lado tudo aquilo que proclamava a “Doutrina dos Apóstolos” no 1º Século.

{Rev. Maurício Nascimento.}

 

REFLEXÕES: Lucas 10.21.24.