EKKLESIA REFORMATA IX

 A Igreja Protestante.

     Trinta e um de outubro de um mil quinhentos e dezessete, era uma manhã de domingo, comemorava-se o dia de finados, muitas pessoas acorreriam à Igreja naquele dia para a citada comemoração. A imprensa inventada por Gutemberg a menos de cem anos expandia-se. O iluminismo já mostrava sua realidade naqueles dias. A Igreja vinha secularizando-se e não mais satisfazia o coração do cristão que amava a Bíblia, a Palavra de Deus. Era esse o contexto geral naqueles dias.

     Deus já levantava “servos insatisfeitos” com a linha que a Igreja seguia, desde os séculos X e XI. Muitos tentavam falar contra os acontecimentos, mas eram calados de algum modo pela força da “Igreja” dominante desde o III e IV séculos da era cristã. Deus não estava inativo ou passivo à situação, Ele agia como sempre na vida espiritual dos servos, levantava e preparava servos e o tempo de tudo vir a acontecer.

     Assim, chegamos ao dia 31 de outubro de 1517, nas portas da capela do castelo de Wittenberg, com “95 teses” ali afixadas que certamente chamariam a atenção dos que passavam. Estas foram impressas e distribuídas por toda Europa e deflagra então a Reforma da Igreja de Jesus. A partir de então, surgem movimentos reformadores em várias partes do mundo conhecido até ali.

{Rev. Maurício Ferreira.}

EKKLESIA REFORMATA VIII

A igreja em reforma.

     Aproxima-se o século dezesseis e a Igreja numa situação cada vez mais caótica necessitava de uma intervenção urgente. A Igreja caminhava a cada momento nas mãos do clérigo daqueles dias, aparentemente fugia-se da naturalidade eclesiástica de ser “a Igreja de Deus”. A Igreja se secularizava cada vez mais, e os líderes voltavam aos tempos pré Cristo, em que os fariseus dominavam como queriam a religiosidade do povo, ditando regras espirituais equivocadas.

     A Igreja precisa constantemente ser reformada em seus princípios. Mas, naqueles dias a Reforma se fazia urgente pelos caminhos que estava sendo tomados, pelos dogmas que estavam sendo decretados, pela situação moral que vivam seus líderes, mas principalmente por causa da fuga irreverente da Palavra do Senhor, a bíblia Sagrada. Secularizavam a Igreja, trazendo para dentro dela as ideias filosóficas e tradicionais, sem levar em conta a “única regra de fé e de prática” que Deus havia deixado.

     Assim, com a Bíblia sendo proibida ao povo, com o analfabetismo contundente, com a vida moral devastada, com Jesus sendo relegado a segundo plano, Deus interveio e levantou seus instrumentos para tal tarefa. 

 {Rev. Maurício Ferreira.}

EKKLESIA REFORMATA VII

 Uma igreja se transformando...

     Por volta do século X em diante o laicado eclesiástico começou a olhar para o clero insatisfeito e a observar quantas coisas na Igreja não estavam funcionando como deveria, segundo a Bíblia Sagrada. Assim, a Igreja começa seu processo de transformação a partir do coração humano oferecido ao Senhor.

     Existe um manual para a Igreja de Jesus implementar no dia a dia. O primeiro passo dele é acolher a Palavra viva de Deus, dinâmica e contextual. Ela não perde sua essência em toda eternidade de sua existência. Deus deixou as diretrizes para sua Igreja e o homem passa a tentar tomar as rédeas funcionais da Igreja de Cristo, sem se lembrar que esta afirmação é a verdade: “Igreja de Jesus”.

     A Igreja é uma comunidade que está sempre em renovação, transformação. Ela se reforma de forma negativa, pelas mãos humanas e positivamente pelas mãos de Deus. O homem tenta tomar a condução da Igreja, erra, falha e perverte; Deus tem a condução da Igreja em suas mãos e a conduz, mesmo que seja para retornar ao rumo, ao caminho que Ele traçou na eternidade para sua instituição Sagrada. Assim, a partir do século X a Igreja começa a se transformar sob a égide divina.       

{Rev. Maurício Ferreira.}

EKKLESIA REFORMATA VI

 Uma igreja desejosa...

     Por volta dos séculos X e XI começaram a pipocar na história da Igreja de Jesus alguns descontentamentos: John Huss, Guilherme de Savonarola entre tantos servos que olhavam ao seu redor e não gostavam dos rumos para onde estava indo a Igreja daqueles dias. Por isso, nascia ali algumas ideias dissonantes com o rumo eclesiástico da Igreja Romana, que era única que imperava com requintes de realeza naqueles tempos.

     Surgia nesses dias os chamados pré reformadores. Homens que estavam dentro da Igreja, mas que tinham “senões” para com a forma em que a conduziam. Nestes dias a Igreja caminhava para rumos idolátricos cada vez mais evidentes, trabalhava para diminuir a direção divina sobre ela, e trazer a Igreja para as mãos dos líderes religiosos, como ainda vemos hoje. Caminhava para uma exclusão do ato redentivo de Cristo na cruz do calvário.

     Portanto, a Igreja era a Igreja, mas com um alto grau de insatisfação entre seu clero. Pontualmente se levantavam líderes que não queriam seguir esse caminho, mas que eram silenciados por suas ideias contrárias a liderança maior. Não eram ouvidos, pois não havia para a “Igreja” desejo de retorno a Palavra de Deus.

{Rev. Maurício Ferreira.}