EKKLESIA REFORMATA... I

 Reformar é preciso?

     Nós gostamos de mudar as coisas vez em quando. Móveis, cores, cabelo, roupagem etc. Mas ao mesmo tempo nós apegamos em conservar outras, nos acomodamos aos enlevos existenciais e principalmente quando for causar transtornos e trabalho mais árduo. Enfim, somos na verdade inconstantes com nossa vida no cotidiano.

     Quando se trata da vida é assim, quando se trata das coisas também o é. Mas reformar é preciso, nascemos, vamos caminhando no desenvolvimento da existência pessoal, amadurecemos sensorialmente no transcorrer da vida. Nos tornamos adultos e envelhecemos, Deus nos reforma todos os dias, mesmo que não queiramos isso, mas faz parte da existência humana, da vida ativa. Portanto pensemos com carinho nas coisas e atividades ao nosso redor. Uma delas: a igreja.

     Fazemos parte de uma igreja, seja ela física ou não. Sempre somos ou seremos parte de um núcleo eclesiástico, consciente ou inconscientemente. Mesmo que optemos pelo ateísmo, faremos parte de um núcleo religioso e contrário a Deus. Portanto, vamos nos dias de hoje pensar um pouco sobre a igreja que somos parte, nós, a Igreja de Jesus Cristo. Analisemo-la para crescer.         

[Rev. Maurício Ferreira]

INDO, FAÇAM DISCÍPULOS...

 Missões...

     Geralmente nos dizemos missionários, mas na verdade não o somos verdadeiramente. Mas por que não somos verdadeiros missionários? É simples a resposta, porque não nos colocamos na brecha das muralhas, não tomamos posse da ordem de Jesus antes da subir aos céus, e por fim, não portamos como servos de Deus.

     Fazer missões é ir sem restrições. Ir não quer dizer mudança geográfica, mas IR na concepção bíblica é fazer missões. E fazer missões é fazer com que o Evangelho seja pregado a toda criatura em todo mundo. Como fazer isso? Podemos fazê-la indo onde for necessário enviados pelo Senhor e sua igreja; também fazemos missões quando somos fiéis dizimistas, pois a igreja que pertencemos envia missionários e os sustenta com sua receita, total ou parcialmente; e além dessas duas formas, fazemos missões orando pelos sevos que se dispõem a ir.

     Quero que pensemos hoje sobre isso. Se estamos vivendo missões, sendo missionais, mas independente da terminologia se estamos ouvindo, escutando e praticando a “Grande vocação” de Jesus Cristo: façam discípulos, porque podemos fazer missões onde estamos plantados como videira frutífera nas mãos do Pai.                  

[Rev. Maurício Ferreira]

FAÇAMOS MISSÕES.

 IPB no Brasil...

     No último dia 12 de agosto comemoramos 164 anos da presença presbiteriana no Brasil. Se deu porque um servo de Deus foi impactado pelo ardor missionário e deixou seu país com a vontade de trazer o Evangelho ao nosso país. Isto se deu em 1859, quando no dia 12 ele aporta nas baías do Rio de Janeiro e aqui permanece, se casa nos EUA e morre oito anos depois, deixando uma igreja consolidada e pronta a sobreviver no país por muitos e muitos anos, por isso esse ano comemoramos os 164 desse trabalho missionário.        

     Este jovem foi Ashbel Green Simonton (janeiro de 1833 a dezembro de 1867). Ele chega ao Brasil com apenas 26 anos e aqui vive até os 34. Um visionário? Um aventureiro? Não, simplesmente não. Mas um servo que ouviu o chamado e vocação do Senhor que olhava para o Brasil com um indizível amor e graça.

     Eu e você, presbiterianos, somos frutos de um ardor missionário de um jovem apaixonado por Deus e sua obra. Devemos, além de gratidão, nos colocarmos na brecha para que o Senhor nos use de forma esperada ou até mesmo inesperada na obra grandiosa que Ele tem para ser realizada, pensa nisso – sejamos missionários.    [Rev. Maurício Ferreira]

NÓS OS PAIS...

 Pai nosso...

     Hoje comemora-se o dia dos pais no calendário brasileiro. Jesus numa comparação à bondade de Deus, nos compara, homens, esposos e pais, como aqueles que oferecem a seus filhos exatamente aquilo que eles os pedem, e nos faz imaginar o quão mais benigno é o nosso Deus e Pai (Mateus 7.9-11).

     Jesus nos ensinando a orar nos fala que devemos orar ao “Pai nosso” que está nos céus (Mateus 6.9), sim, nosso Pai que assentado num alto e sublime Trono, rodeado pelos querubins de seis asas conforme nos informa o profeta Isaías (Isaías 6.1-3). Deus é chamado de Pai “aba” em hebraico para nos mostrar como devemos ser na caminhada da vida no dia a dia. Deus é o Pai prodigioso que reparte a herança em vida, mas continua aguardando à porta o seu filho que há de retornar, mesmo que tenha vivido dissolutamente (Lucas 15.11-31) e sem negligenciar o filho que está dentro de casa. Deus é o Pai perfeito.

     Hoje se comemora o dia dos pais, que sejamos como pais, pelo menos imitadores de Pai Eterno, e que sigamos seus mandamentos, para sermos pais conforme o coração de Deus, todos os dias de nossa vida fugaz, vivendo de acordo com a Palavra Santa.

[Rev. Maurício Ferreira]

EU E O MUNDO...

 Nós e o mundo em que vivemos.

     Que relação podemos ter com o mundo em que vivemos? Esta pergunta nos leva a pensar, muitas vezes, na nossa capacidade de nos adaptarmos a toda e qualquer situação num andamento camaleônico do ser humano. Vemos isso claramente nas maus diversas filosofias ideológicas adotadas pelo homem de todos os tempos. Surgem e desaparecem as muitas ideologias, e o que jamais passará é a absoluta verdade provinda do coração e lavra do Senhor dos céus e da terra que é Deus.

     A Bíblia diz que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus, e o contrário se faz verdade também. Se o nosso Deus tem o mundo como sua criação, para ser abençoado de forma comum por ele, nós devemos nos ater a amar a Deus, que ao nos adotar, nos livrou das influencias deletérias do mundo e nos conduziu para diante de seu trono de glória, graça e misericórdia amorosa. Mantenhamo-nos com os olhos fitos em Deus, o mundo se tornará para o cristão apenas um campo missionário para evangelização.

     Somos de Deus, devemos viver para Deus, se assim fizermos, nossa relação com o mundo será de misericordiosa graça, como o faz nosso Senhor e Deus.                                         

[Rev. Maurício Ferreira]