O Brasil é um país estranho. “O
que o Brasil tem de melhor é o brasileiro”, como dizem. O brasileiro é
devasso, corrupto, insensato, alienado, desnorteado e finalmente cego. A maioria das características do brasileiro
são negativas. Lembro-me de uma propaganda da década de setenta, quando um
jogador da seleção dizia uma frase, que depois foi repetida um sem número de
vezes na mídia e nos lábios dos brasileiros: “gosto de levar vantagem em tudo”
até se tornar “politicamente incorreta”.
Esta frase não era uma mentira no sentido político social brasileiro, tampouco
no coração do brasileiro.
Hoje, não ouvimos mais esta frase, exceto em caso de críticas, mas a
cultura está implantada no coração do brasileiro. Assim, se eu puder chegar ao
topo usando o outro como degrau eu o farei. Se não houver guardas de trânsito
nas imediações eu avanço o sinal, ando sem cinto de segurança, piloto sem
capacete, levo o que não me pertence, só porque aparentemente estou sozinho em
determinado ambiente. Falo do brasileiro que é “o melhor do Brasil”.
Tudo isso se reflete ou provavelmente é o reflexo de nossa política
brasileira. Quando tentamos visualizar um “homem
sério” no universo político brasileiro, ficamos como Orígenes e sua
lanterna. Quando falo sobre política, estou e estarei sempre repetindo: não
quero nem saber de dois mil e dezoito, por enquanto, peço a Deus que ilumine os
homens da justiça brasileira, para que minimamente possam atuar de forma
imparcial, seguindo os ditames da justiça e consequentemente fazendo a justiça,
“doa a quem doer”, repetindo um
político brasileiro do passado e do presente.
Falar de política e dos políticos que hipoteticamente constroem as leis,
julgam e executam o andamento de nossa nação, não tenho como, não recorrer as
Escrituras para entender o que o Senhor diz quando fala: “Se o Senhor não edificar em vão trabalham os que edificam, se o Senhor
não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela...” (Salmo 127.1).
Com isso, conclamo a nação evangélica brasileira a dobrar seus joelhos e
orar ao Senhor, buscá-LO enquanto se pode achar e invocá-LO enquanto está perto
(Isaías 55.6). Nossa primeira opção sempre esteve ao nosso alcance, orar, orar
e orar àquEle que nos pode cuidar e consolar e confortar também. Deixar nas
mãos daquEle que não está passivo na existência de nosso país. Daí? Vamos ficar
somente na reclamação e murmuração? Ou vamos tomar a titude que nos cabe? Vá e
faça o que precisa ser feito! Deus continue a nos abençoar portentosamente!
{Rev. Maurício Ferreira}